No último dia 26 de outubro, em coletiva de imprensa, o Santo Papa anunciou o encerramento da segunda sessão da 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, prevista para acontecer de 2 a 27 de outubro em Roma.
O anúncio chegou com a notícia de que o Documento Final seria considerado a decisão do Sínodo e que, desta vez, não haveria publicação de exortação apostólica. O pontífice anunciou que isso reforçou o caráter de importância da Assembleia e de singularidade, uma vez que se propôs ser um instrumento de participação, comunhão e missão.
O Documento final possui 155 parágrafos e está dividido em cinco partes:
1ª parte: “O coração da Sinodalidade”, que retoma as motivações de todo o Sínodo e sua importância.
2ª parte: “Juntos, na barca de Pedro”, que trata sobre o processo de conversão pastoral.
3ª parte: “Sobre a Tua Palavra”, que aborda a prática pastoral e assuntos como cultura da transparência, discernimento eclesial e processos decisórios.
4ª parte: “A pesca abundante”, que discorre sobre as práticas de presença da Igreja e sua interação com o mundo atual.
5ª parte: “Também eu vos envio”, que trata sobre a formação a respeito da sinodalidade e da missão.
Link do documento final https://www.vatican.va/roman_curia/synod/documents/rc_synod_doc_20181027_doc-final-instrumentum-xvassemblea-giovani_po.html
Ao anunciar o Documento Final do Sínodo como um material definitivo, o Santo Papa ainda reforça a urgência e sequência esperada dos acontecimentos pós-sinodais, que é o desejo de que as decisões tomadas sigam a fase de implementação nas Igrejas particulares.
Há de se ressaltar que, além da importância dos fiéis de todo o mundo acompanharem em suas respectivas circunscrições eclesiásticas a aplicação do que foi decido em Assembleia, foram constituídos e permanecerão ativos 10 grupos de estudos até junho de 2025.
Grupos de estudo
1 – Relações com as Igrejas Orientais.
2 -Grito dos pobres e marginalizados.
3-Missão no ambiente digital.
4-Sacerdotes, formação e relações.
5- Ministérios e papel da mulher.
6- Vida consagrada e movimentos eclesiais.
7- Bispos, figura e funções.
8- O papel dos núncios.
9 – Questões “controversas”.
10 – Diálogo ecumênico.
Sobre isso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou, após o encerramento do Sínodo, uma live com participação de membros que representaram o Brasil na Assembleia Geral de Roma.
Entre os participantes estão 13 brasileiros que receberam convocação do Papa para participar, em 2023:
- Eleitos pela 60ª Assembleia Geral da CNBB– Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito de Mariana (MG) – Dom Joel Portella Amado, bispo-auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ); – Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP); – Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus (AM); – Dom Dirceu de Oliveira Medeiros, bispo de Camaçari (BA).
- CELAM– Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB e do Celam.
- Testemunhas do processo sinodal – participantes da Assembleia Continental – Maria Cristina dos Anjos da Conceição – Cáritas Brasileira; – Sônia Gomes de Oliveira – presidente do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB).
- Membro do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo – Cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de São Salvador da Bahia (BA).
- Chefes de dicastérios da Cúria Romana – Cardeal João Braz de Aviz, prefeito do dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedade de Vida Apostólica.
- Peritos – Padre Adelson Araújo dos Santos; – Padre Agenor Brighenti; – Padre Miguel Martin.
VÍDEO CNBB